Embora
seja fato que a profissão Fisioterapeuta
é ainda bastante nova no Brasil, não podemos de forma alguma, justificar a falta
de reconhecimento profissional baseados apenas nos poucos anos de seu
reconhecimento formal.
Quem
vive da profissão conhece muito bem as dificuldades do dia a dia. Os baixos
salários e a obrigatoriedade da hierarquia médica na requisição de exames e de encaminhamentos
nos planos de saúde são exemplos bastante simples. Da mesma forma, a inexistência
de vagas em grande número de empresas privadas e na maioria dos concursos
públicos parece destacar a fisioterapia como área da saúde de pouca importância.
Desde
a formulação da Declaração de Alma Ata (tema de assuntos futuros deste blog), muito
se tem falado na atenção primária em saúde, a qual tem como um de seus pilares a integralidade de cuidados, considerando
o indivíduo como um todo. A partir desta visão, foram criadas as chamadas
equipes multidisciplinares (a meu ver, multiprofissionais), das quais
teoricamente o fisioterapeuta deveria também fazer parte. Mas não faz. Não na
esmagadora maioria dos municípios brasileiros.
A questão
é: a fisioterapia no Brasil tem se mostrado essencial na promoção, prevenção,
tratamento e reabilitação de distúrbios cinéticos funcionais como preconizado
em nosso perfil profissional? Se a resposta a esta questão for afirmativa, qual
o motivo das dificuldades presentes em nosso quotidiano?
Este
espaço tem como um de seus objetivos a promoção de debates e reflexões a
respeito dos principais problemas vivenciados por fisioterapeutas comprometidos
profissionalmente, aqueles que buscam fazer a diferença através de uma ciência
da saúde baseada em evidências.
Entretanto, creio que manter a porta aberta para todo tipo de discussão séria e interessante a respeito da profissão será produtivo para todos que estão preparados para lutar por maior reconhecimento profissional.
Entretanto, creio que manter a porta aberta para todo tipo de discussão séria e interessante a respeito da profissão será produtivo para todos que estão preparados para lutar por maior reconhecimento profissional.
Da mesma forma, estudantes, profissionais
de outras áreas da saúde, educadores e o público em geral poderão contribuir
com experiências interessantes vistas por diferentes perspectivas. São todos
bem-vindos!
Como
ponto de partida, deixo a seguinte questão em aberto:
A quem cabe a responsabilidade
pelo reconhecimento de uma determinada profissão?
Até
breve!